Amizade! Está aí uma palavra tão importante em nossas vidas.
Amigos são confidentes, falam a real na nossa cara, choram com a gente, apoiam nossas ideias – ou falam quando elas são uma 💩 – nos encorajam, nos fazem crescer…
Posso dizer que tive sorte com as amizades que cultivei ao longo dos anos. Sim, cultivar, pois são como plantinhas que precisam de afeto para crescerem.
Nasci nos anos 80, e duas coisas que me marcaram muito foram os cadernos de confidências e os bilhetinhos que compartilhávamos. Tenho muita coisa guardada até hoje e quando bate aquela tristeza, pego eles para trazer os bons sentimentos que cada um traz consigo.
As amizades que fiz na infância e adolescência me marcaram muito e tenho até hoje essas pessoas em minha vida. E acho que elas nem imaginam o quanto foram importantes.
Amizade de infância
Shirley Pantaleão é o nome dela.
Nos conhecemos com 11 anos na escola. Éramos vizinhas de bairro, então fazíamos juntas o caminho de ida e volta da escola.
Ela me ensinou a fazer bolos de chocolate, a bordar, aprender a gostar de pipoca com leite condensado 😋, jogar vôlei usando o portão de casa como rede, me incentivou a parar de roer unhas e a falar em público, me ajudou com matemática – que nunca foi lá meu forte – e eu a ajudava com literatura ❤️.
Ela sempre me falava que eu gostava de inventar moda, pois eu estava sempre insatisfeita com o uniforme e com minha magreza. Eu gostava de pintar e desenhar meus tênis, costurar botões na barra da calça, customizar minha mochila, fazer trancinhas com miçangas no cabelo… Enfim, sempre inventando moda hahaha.
Era assim que eu conseguia me diferenciar dos demais, pois quando a gente entra na adolescência vem uma ânsia por ser diferente, ainda mais na escola.
Posso dizer que a Shi foi minha primeira amiga-irmã. Uma pessoa única, que sempre terei em minha vida. Quem me incentivou desde o começo nas minhas invenções de moda! 🤩
Amizade de adolescência
Larissa Fialho é o nome dela.
Nossa amizade começou aos 15 anos, mas posso dizer que foi mais forte quando tínhamos uns 18/19 anos. Naquela fase em que os pais nos liberavam para as baladinhas de sábado e domingo à tarde – bons tempos hahaha – e a gente saia para, além de dançar, paquerar. Caso você tenha nascido nos anos 2000, esses termos vão parecer um tanto quanto ultrapassados, mas se você já passou dos 30 anos, vai lembrar bem dessa época 😎.
Com a Lari aprendi a gostar de futebol, chegando até a participar de torcida organizada, a comer (e apreciar) comida japonesa, a dançar axé, a usar a internet – em uma época em que só usávamos internet discada (só depois da meia-noite, é claro – entendedores entenderão) e ficávamos nas salas de bate-papo criando personagens para conversar com os garotos.
Nessa época comecei a usar salto alto, a trabalhar, a planejar uma faculdade, coloquei um piercing, fiz a primeira tatuagem e comecei a construir um estilo mais com a minha carinha mesmo. Lembro dela me incentivando a costurar – algo que aprendi com minha mãe lá na infância –, pois eu gostava de criar minhas próprias bolsas a partir de calças jeans velhas.
Lari é aquela amiga que todo mundo deveria ter. Que te faz sair da zona de conforto e te ajuda a ver o mundo por outros olhos.
Amizade na vida adulta
Viviane Marcondes é o nome dela.
Difícil escolher uma pessoa já para a fase adulta, mas creio que a Vivi traz tudo o que se refere a influência na minha mudança de estilo. Explico. 😌
Vivi e eu nos conhecemos em 2014 e trabalhamos juntas na mesma empresa por quase 4 anos. Pelo o que me lembro nossa amizade começou em meados de 2015. Sabem aquelas amizades improváveis, tipo água e óleo, que não se misturam? Éramos nós.
Tínhamos gostos musicais diferentes – eu rock e ela sertanejo –, estilos de filmes diferentes e os lugares que gostávamos de frequentar também eram diferentes. Mas por uma força maior, começamos uma bela amizade.
Mesmo com todas as nossas diferenças, a Vivi é daquelas pessoas que topam qualquer parada, desde uma viagem maluca de última hora nas vésperas do ano novo até te buscar para salvar de um boy mala que você não consegue dar o fora. Ela me ensinou muito sobre resiliência, sobre dizer mais “sim” para as oportunidades, sobre aproveitar mais a vida de outros modos.
Com toda essa bagagem ela começou a me influenciar na mudança do meu guarda-roupa. Eu, que só usava jeans, camiseta, tênis All Star e mochila – bem no estilo colegial – passei a me permiti experimentar!
Sempre fui muito reservada e passava isso através das minhas roupas, mas sentia aquela vontade de ousar mais, só ainda não sabia como. Tudo bem que fui ao extremo e passei a comprar vestidos curtíssimos e cheios de paetês, batom vermelho, salto alto e cabelo curto. Posso dizer que despertei a mulher adulta que existia em mim e que estava louca para sair. 😅
Passei a frequentar lugares que nem sonhava frequentar, a usar roupas que nem nos meus sonhos compraria e a conhecer pessoas novas. Foi um período muito divertido, pois assim passei a me conhecer mais, a entender o que eu não gostava e o que eu poderia aprender a gostar, se fosse o caso.
E foi assim que passei a frequentar muitos brechós e aprendi a garimpar peças diferentes e alternativas para compor meus looks, mas este é tema para um próximo texto. 😉
Conclusão
O que aprendi com essas 3 pessoas maravilhosas que passaram pela minha vida foi:
01. Permita-se
Se permita ousar mais, brincar com roupas, com os estilos, sem medo do que os outros vão dizer. Só assim você aprenderá a se conhecer e só de olhar para uma peça saberá se ficará bem em você.
02. Conheça coisas novas
Sabe aquela comida diferente ou aquele esporte que você nunca sonhou em conhecer? Experimente! Leia um livro de outro estilo ou viaje sozinha para uma cidade nova. Essas experiências são muito ricas também para definir nossos estilos – sim, é possível ter mais de um estilo!
03. Gente do bem
Cerque-se de pessoas que te impulsionem, de amizades verdadeiras. De pessoas que te elevem e que despertem em você o melhor, pois o mundo por si só já nos coloca pra baixo com tantas notícias e fatos do cotidiano. Isso é diferente de ser interesseira, querendo apenas coisas agradáveis. Mas é importante ter com você aquelas pessoas que atraem boas energias, saca?!
Espero que tenha gostado deste conteúdo. O objetivo do essa roupa tem história é, além de contar fatos e histórias das roupas, também trazer as histórias das peças e estilos que vão além do que vemos, é o sentimentos que nossas roupas contam sobre nós. 🥰
📌 Aproveite e compartilhe nos comentários as amizades que influenciaram seus estilos e seu guarda-roupa.
